Sobre Marielle Franco


Marielle foi uma socióloga e política brasileira, filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Era filha de Marinete Francisco e Antonio da Silva Neto. Com criação católica,nasceu e cresceu em uma favela do Complexo da Maré, no subúrbio carioca, e se apresentava com orgulho como "cria da Maré". 

Em 1990, aos 11 anos de idade, começou a trabalhar junto dos pais como camelô, juntando dinheiro para ajudar a pagar seus estudos. Aos dezoito anos deixou a função de vendedora ambulante e começou exercer a função de educadora infantil em uma creche, onde ficou por dois anos.
Assumidamente bissexual, em 1998 estava casada com seu primeiro namorado, e neste ano deu à luz a sua primeira e única filha, Luyara. Naquele mesmo ano, matriculou-se na primeira turma de pré-vestibular comunitário oferecido aos jovens das favelas do Complexo da Maré. Em 2000, começou a militar pelos direitos humanos, depois de uma de suas amigas ser atingida fatalmente por uma troca de tiros entre policiais e traficantes na Maré.
Em 2002, separou-se de seu marido e ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, graduando-se em Ciências Sociais com uma bolsa de estudos integral obtida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Após se graduar em Ciências Sociais, concluiu um mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde defendeu a dissertação intitulada "UPP - A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro".
Em 2004, Marielle, que militava pelas causas da comunidade LGBT, iniciou um relacionamento amoroso com Mônica Benício. Em 2017, o casal decidiu passar a morar junto no bairro da Tijuca junto com Luyara, a filha de Marielle. O casamento delas estava marcado para o final de 2018.
Na eleição estadual carioca de 2006, Marielle integrou a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Com a posse de Freixo, foi nomeada assessora parlamentar do deputado, trabalhando com ele por dez anos. Franco assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e, nesta posição, prestou auxílio jurídico e psicológico a familiares de vítimas de homicídios ou policiais vitimados. Um dos casos que ela ajudou a solucionar foi o de um policial civil assassinado por um colega. De acordo com um ex-comandante da Polícia Militar que trocava informações com Franco sobre policiais mortos, "É uma bobagem dizer que não defendia policiais".
Elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Marielle defendia o feminismo, os direitos humanos, e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais e milicianos contra moradores de comunidades carentes.
Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro. Em agosto de 2018 a polícia passou a investigar o envolvimento no caso da milícia chamada Escritório do Crime, com comprovadas ligações com a família Bolsonaro . Em 12 de março de 2019, a Polícia Civil prendeu um ex-policial militar e um policial militar reformado acusados de terem assassinado a vereadora e seu motorista. De acordo com a Polícia, o policial reformado Ronnie Lessa atirou contra a vereadora e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz dirigia o carro que perseguia Marielle.
Quando foi preso, Lessa ostentava um padrão de vida acima de seus rendimentos oficiais de R$ 7 mil como sargento da reserva. Ele morava em um condomínio na Barra da Tijuca, cujas casas são avaliadas em pelo menos R$ 3 milhões. O presidente Jair Bolsonaro tem sua residência no Rio no mesmo condomínio.
Hoje sabemos quem foram os autores do assassinato.


 Vereadora Marielle Franco saindo da Câmara Municipal do Rio de Janeiro em outubro de 2017.
Fonte:https://www.facebook.com/imagenshistoria

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