Setembro de 2018: 90 anos de Emancipação política de Belo Jardim-PE.
O povoamento do território que atualmente
corresponde à cidade de Belo Jardim teve início durante o II reinado. O cultivo
da cana de açúcar, mesmo esse produto não sendo cultivado por estas terras
acelerou esse povoamento, uma vez o gado usado como força motriz nos engenhos
era criado no Agreste e Sertão e depois de adulto levado ao Litoral para
cumprir seu papel no desenvolvimento da indústria do açúcar, entretanto o
território já tinha sido observado na ocasião em que as terras brasileiras
foram divididas em Capitanias.
Evidentemente que com o passar dos séculos a
divisão por sesmarias acabaria por sofrer alterações, resultando no
desmembramento das terras, vindo o território atual belo-jardinense a pertencer
a Comarca de Brejo da Madre de Deus. E foi nesta sesmaria que a primeira
construção registrada na nossa história foi observada, isto é, a fazenda de
propriedade do Senhor Joaquim Cordeiro Wanderley de nome “fazenda do
Capim” já
na segunda metade do século XIX (1852),o
proprietário por sua vez não residia nesta, apenas descansava aos fins de semana,
contudo há de se afirmar que a propriedade com certeza chamava atenção
economicamente, pois atraiu não só seus trabalhadores, mas outros vindos
da capital, alguns remanescentes das revoluções que agitaram Recife como a
Confederação do Equador e a Revolução Praieira, estes se instalaram ao redor da
Fazenda surgindo assim um Povoado. Esses revolucionários fugindo das tropas do
governo adentraram o interior e se abrigaram nos arredores da fazenda do
proprietário Joaquim Francisco Cordeiro Wanderley, aumentando dessa forma o
contingente humano das terras que por essas horas já era denominada Lagoa d’
Água.
A importância de
fazer citação à “Fazenda do Capim” está presente em todos os trabalhos
acadêmicos que se refere à história de Belo Jardim, pois o povoamento da cidade
se deu através da instalação da mesma.
Texto:Cibele Santos- Belo Jardim Histórico
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