Geisel autorizou execuções de presos políticos, diz documento da CIA
Segundo documento,
execuções deveriam ocorrer em casos excepcionais e com a autorização do
Planalto, mediante consulta ao general Figueiredo.

O ex-presidente Ernesto Geisel sabia e autorizou a morte de presos políticos
brasileiros durante o período que governou o País, nos anos de ditadura
militar. A informação é revelada em documento do ex-diretor da CIA,
William Egan Colby, enviada ao Secretário de Estado, Henry Kissinger,
com o título: “Presidente brasileiro Ernesto Geisel decide continuar execução sumária de subversivos sob certas circunstâncias”.
Apontado como o general que iniciou a abertura política
brasileira, limitando a ação dos censores e extinguindo o Ato
Institucional número 5, o memorando localizado pelo pesquisador de
Relações Internacionais da Fundação, Getúlio Vargas Matias Spektor, reescreve a história do Brasil.
Conforme o documento, em 30 de março de 1974, o general Milton
Tavares de Souza, chefe de saída do Centro de Inteligência do Exército
(CIE), informou ao então presidente e ao general João Baptista
Figueiredo, à época chefe do Serviço Nacional de Inteligência (SNI) — futuro sucessor de Geisel na Presidência e último militar a assumir tal posição —, sobre o assassinato de 104 pessoas durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, no ano anterior. Souza perguntou se a política deveria ser mantida.
Geisel não tomou a decisão de imediato. Em 1º de abril do mesmo
ano, novo documento informava à CIA sobre a decisão do presidente: “a política deveria continuar”. Contudo, o penúltimo presidente militar estabeleceu que apenas os presos “subversivos perigosos” deveria ser mortos. Apoiando as execuções desde a primeira reunião, Figueiredo foi designado para decidir quem iria morrer, segundo o relato do ex-diretor da Agência americana.
“Quando
a CIE prender uma pessoa que possa se enquadrar nessa categoria, o
chefe da CIE consultará o general Figueiredo, cuja aprovação deve ser
dada antes que a pessoa seja executada. O Presidente e o General
Figueiredo também concordaram que a CIE deve dedicar quase todo o seu
esforço à subversão interna, e que o esforço geral da CIE será
coordenado pelo General Figueiredo”, revela o documento.
Fonte:https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2018/05/documento-da-cia-sugere-que-geisel-sabia-e-autorizou-mortes-durante-a.html
Este conteúdo foi
produzido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Para
compartilhar, use o link
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/nacional/noticia/2018/05/10/geisel-autorizou-execucoes-de-presos-politicos-diz-documento-da-cia-338741.php?utm_source=fb-jc
Este conteúdo foi
produzido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Para
compartilhar, use o link
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/nacional/noticia/2018/05/10/geisel-autorizou-execucoes-de-presos-politicos-diz-documento-da-cia-338741.php?utm_source=fb-jc
Este conteúdo foi
produzido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Para
compartilhar, use o link
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/nacional/noticia/2018/05/10/geisel-autorizou-execucoes-de-presos-politicos-diz-documento-da-cia-338741.php?utm_source=fb-jc
Nenhum comentário:
Postar um comentário