NÃO DEFENDO INTERVENÇÃO MILITAR!
Prof. Mestre Adauto Guedes.
Desculpem-me
as opiniões divergentes, mas é preciso compreender a paralisação dos
caminhoneiros para além da sua superficial intenção. Sou favorável a
mesma enquanto reivindicação de uma categoria de trabalhadores que se
sente oprimida em reflexo sobretudo da atual política de preços da
Petrobras. E por isso, se faz necessário ir direto ao ponto: o momento
atual é tão somente consequência da ruptura da política adotada por Lula
e Dilma em seus Governos, qual seja: garantir autonomia e investimentos
nacionais capazes de aumentarmos nossas produções internas, sobretudo
criando mais refinarias. Temer do contrário, diminuiu tais investimentos
internos e aumentou a compra estrangeira de combustível, que em dólar,
oscila constantemente, aumentando sempre o preço desses combustíveis.
Pois bem, tal paralisação indiretamente tenta criminalizar a política,
faz um discurso de movimento apartidário ou apolítico, porém, que
defende a intervenção militar e se aproxima dos ideais que encontra
ressonância em Bolsonaro. Apoio de militares, civis vestidos de amarelo,
bandeira nacional, discurso patriótico, comunicação de apelo popular
etc., receitas que já vimos na Itália fascista ou até mesmo no Brasil de
1964, onde a intervenção militar provisória durou 21 anos de ditadura.
Não acredito em melhoria fora da política, isso já foi discurso
fascista! Até porque, o melhor momento que o Brasil viveu, os Governos
Lula/Dilma, basta verem os números, foram resultados do campo político.
Portanto, o momento é de reivindicar sim, mas dizer que sofremos as
consequências do golpe e queremos o nosso melhor momento de volta.
Queremos revogar a reforma trabalhista! Queremos um Governo que como os
de Lula/Dilma, foram responsáveis pela maior revolução social que este
país já viu: SAMU, FIES, Bolsa Família, preços de combustíveis da era
Lula/Dilma, Universidades Federais, Transporte Escolar, distribuição de
renda, Farmácia Popular, melhores índices de emprego e renda etc.
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